O MUNDO NO FUTURO

População humana estabilizará em 2200

De acordo com as “Determinantes e Consequências de Tendências Populacionais” da Organização das Nações Unidas, o primeiro ser humano da nossa espécie (o homo sapiens sapiens) surgiu 50 mil anos atrás. Pouco se sabe sobre aquela época e quantos éramos então, mas o número estimado de habitantes para o período da revolução agrícola no Oriente Médio, em 9.000 a.C., é de 5 milhões.

Da revolução agrícola até a ascensão do Império Romano, a população cresceu devagar – menos de 0,10% ao ano –, alcançando aproximadamente 300 milhões de habitantes por volta do ano 1 d.C. A “Peste Negra”, no século 14, matou pelo menos 75 milhões.

Até 1650, a população mundial havia crescido para aproximadamente 500 milhões. Em meados de 1800, com os avanços da agricultura e a melhoria do saneamento básico a população dobrou, ultrapassando a marca de um mil milhões de habitantes. E em 2002, a população do planeta alcançou 6,2 mil milhões de pessoas.

Para o ano de 2050, a ONU projecta uma variação entre 7,3 mil milhões e 10,7 mil milhões de habitantes. A população mundial irá se estabilizar por volta de 2.200, em mais ou menos 10 mil milhões de habitantes (curiosamente um número inferior às pessoas que já viveram na Terra ao longo de toda a história).

Uma Teoria de Tudo

"Uma Teoria de Tudo" constitui um apanhado das várias idéias de Ken Wilber, detalhadas em outros livros deste autor. Ken Wilber é um dos mais destacados pensadores da atualidade, criador de uma verdadeira filosofia mundial, um sistema de idéias que integra ciência e espiritualidade, que transcende o dualismo, que coloca a subjetividade em pé de igualdade com a objetividade, que reconhece que cada ponto de vista tem sua verdade, mesmo que parcial.
Em "Uma Teoria de Tudo" o autor mostra as aplicações de sua visão integral nos negócios, na medicina, no governo, na política, na educação, entre outros campos da realidade. Wilber destaca que as diversas visões de mundo existentes pecam pela parcialidade. Pretendem esboçar a realidade focando apenas um parte do todo e defendem que essa parte é o todo, ignorando o restante. O autor defende a teoria dos quadrantes (superior esquerdo, inferior esquerdo, superior direito e inferior direito) e que todos deverm ser levados em consideração em qualquer análise e que os quatro têm sua importância. A maioria das pessoas vêem o mundo se armando apenas da lente de um quadrante. Em virtude disso, as perspectivas são incompletas, preconceituosas e conflitantes. Wilber defende uma visão integrada dos quadrantes. Cada fenômeno tem implicações em todos os quadrantes e somente integrando essas implicações teremos uma compreensão mais totalizante da realidade. Vale a pena conhecer esses quadrantes e, uma vez se identificando com essa filosofia, ver o mundo com outros olhos.

Evolução Espontânea




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Publicado originalmente em 2009, nos Estados Unidos e editado em português em Outubro de 2010, o livro EVOLUÇÃO ESPONTÂNEA (no original Spontaneous Evolution), do Biólogo Celular Bruce H. Lipton, é uma obra a não perder. Dirigida a todos aqueles que se interessam pelo futuro da humanidade e, em especial, a sua evolução social, cultural e espiritual, EVOLUÇÃO ESPONTÂNEA convida os leitores a descobrirem e a re-analisarem a relação entre a mente e a matéria, as nossas crenças acerca da Natureza e da natureza humana e de como cada um de nós, actuando como células de um mundo muito maior que nós, podemos melhorar a qualidade de vida e a evolução.

A importância desta obra é inquestionável. Deepak Chopra diz algo que não deve ser entendido como uma mera afirmação simpática para com o autor: "As implicações deste poderoso livro têm o potencial de mudar o mundo".

Fazendo minhas as palavras de Michael Lerner, editor de Tikkun, o livro é uma "brilhante síntese de ciência, teoria da evolução e da consciência espiritual, que fornece uma explicação única da nossa situação global e como podemos avançar para reparar o mundo. Traça um caminho para um crescimento global que pode salvar-nos do desastre planetário, reconhecendo que tanto nós - como indivíduos - e a economia global e os sistemas políticos, em que operamos, devemos evoluir rapidamente para sobreviver".

Para justificar o livro, Bruce Lipton e Steve Bhaerman (co-autor), alertam "percebemos que as velhas formas de ver, pensar e raciocinar não vão ajudar-nos a aliviar a situação actual e a passar para uma nova. A nossa sobrevivência está em jogo. Precisamos de um novo paradigma. Precisamos de uma evolução espontânea. É por essa razão que escrevemos este livro".

A ideosfera

A ideosfera não considerada como sendo um espaço físico, mas se encontrando “no interior das mentes” de todos os seres humanos. Também é aceite que a internet, os livros e outras mídias podem ser consideradas como parte da ideosfera.
De acordo com o filósofo japonês Yasuhiko Kimura, no momento actual a ideosfera estaria na forma de uma "ideosfera concêntrica”, com as idéias sendo geradas por algumas poucas pessoas e as demais unicamente recebendo e aceitando-as por serem provindas daquelas “autoridades externas”. Kimura defende a criação de uma “ideosfera omnicêntrica” (omnicentric ideosphere), na qual todos os indivíduos participem de forma efectiva, criando novas idéias e interagindo entre si na condição de “auto-autoridades” (self-authorities).

A MATRIZ MENTAL NO MUNDO




Actuando num clima de instabilidade/complexidade/incerteza, as pessoas são forçadas a trabalhar num quadro mental diferente daquele que os estados de estabilidade, coerência e coesão requerem.
No mundo actual, as organizações humanas de excelência funcionam num estado de instabilidade dita limitada. Esta instabilidade é agora uma propriedade fundamental dos sistemas de governação bem sucedidos. Ela é condição-chave para provocar a inovação, ou seja, a procura de ordem a partir do caos.
Foi já em 1992 que o conhecido autor Ralph Stacey escreveu que a ciência da complexidade dos sistemas dinâmicos proporciona um modelo mental totalmente diferente para interpretar o comportamento da sociedade (incluindo os negócios) e projectar acções de gestão inovadoras (in Managing Chaos).
O mundo em geral, mas especialmente o da governação política, é cada vez mais ditado por um feedback interactivo contínuo (semelhante ao dos jogos competitivos verdadeiros), com muitos aspectos instáveis.
Neste tipo de cenários caóticos, os líderes não podem confundir êxito com simples estabilidade (esta é sempre temporária e pode ser enganadora). A governação é feita cada vez mais à vista desarmada mas apoiada com o máximo de dados e informações provenientes de diversos lados. Assim, diz Stacey, "adoptar uma perspectiva de sistemas dinâmicos leva a uma resposta diferente (do equilíbrio estável próprio de épocas anteriores). (...) que reconhece a importância da contradição e da tensão criativa".
A aprendizagem torna-se então numa necessidade imperativa. Os governantes têm de abandonar velhas crenças, procedimentos e talvez modelos mentais já esgotados. A aprendizagem de um novo modelo mental é complexa, pode ser entendida como algo ameaçador, é geradora de ansiedade e toca, por vezes, em características pessoais profundas.
OS FEITICEIROS DA ESPIRAL
Da formação de um líder devem hoje constar conhecimentos cruciais sobre os diferentes tipos de mentes com os quais trabalha. As pessoas possuem sistemas de ideias, crenças e valores que podem ser profundamente diferentes de indivíduo para indivíduo mesmo que mergulhados na mesma cultura e na mesma sociedade.
A diferença encontra-se nos "estádios distintos de desenvolvimento da consciência" os quais fazem com que uma pessoa possa estar num patamar de desenvolvimento totalmente diferente até do da sua esposa fazendo com que subtilmente (ou de forma mais vigorosa) ocorram conflitos, incompreensões e desentendimentos, muitas vezes reclamados como "tu não entendes o que eu quero dizer", na verdade significando que "tu não entendes a minha mente e o que eu PENSO sobre aquilo que, afinal, nos separa"!
É algo mais profundo do que acontece com as vulgares "diferenças de opinião" ou "níveis de cultura e saber". Tem a ver muito mais com a "consciência profunda" onde se alojam a visão do mundo, os sistemas particulares de valores, o nível de existência psicológica e as estruturas de ideias e formas de pensar proprias de cada sujeito.
Baseados no trabalho pioneiro de Clare Graves, Beck e Cowan propuseram um modelo de desenvolvimento humano que, devido à sua configuração, recebeu o nome de Dinâmica da Espiral. Este modelo tem sido validado e não refutado por diferentes pesquisas. Segundo este modelo, o ser humano nasce no estádio 1 e pode evoluir até ao estádio 9 dependendo essa evolução de múltiplos factores psicológicos, culturais e sociais. Escreveu Graves: “é um processo espiralado, emergente, oscilante, marcado por uma progressiva subordinação de sistemas de comportamento mais antigos e de ordem inferior a sistemas mais recentes, de ordem superior, que ocorre à medida que os problemas existenciais de um indivíduo se alteram“.
A existência humana, segundo Graves, contem numerosos, provavelmente infinitos, modos de ser, enraizados precisamente nos imensos potenciais do cérebro hierarquicamente estruturado da humanidade. Mas a dinâmica humana faz com que diferentes indivíduos estejam a viver em diferentes níveis de percepção, visões do mundo e estilos de vida. Num mesmo país, numa mesma rua, encontramos indivíduos cujo estádio de desenvolvimento se distingue dos seus vizinhos, se bem que a tendência seja para se agruparem em função da partilha dos mesmos sistemas de crenças, valores e níveis de existência.
Assim, cada um dos sucessivos estádios, ondas ou níveis de existência é uma condição pela qual as pessoas passam no seu percurso rumo a estádios de existência distintos, com psicologias próprias e ajustadas a cada nível: sentimentos, motivações, ética e valores, bioquímica, grau de activação neurológica, sistema de aprendizagem, sistemas de crenças, conceito de saúde mental, conceitos e preferências relativamente a negócios, educação, economia e teoria e prática políticas (Graves,1984).
Beck e Cowan desenvolveram então o conceito de vMEME tendo como ponto de partida o termo “meme” proposto por Mihaly Csikszentmihaly em 1993. Um vMEME é um meta-meme, isto é, um princípio organizador da existência humana que actua nas nossas mentes através de crenças, estilos de vida, tendências de linguagem, normas culturais, formas de arte, expressões religiosas, modelos económicos, etc. Os vMEME codificam instruções para as nossas perspectivas do mundo, as suposições de como tudo funciona e a fundamentação lógica para as decisões que tomamos. Os vMEME representam as influências ambientais (culturais, sociais, educacionais, etc) que moldam não apenas as nossas mentes como as próprias células do cérebro. Eles circulam profundamente nos sistemas humanos e pulsam no centro das escolhas e da inteligência de cada indivíduo. São um produto da interacção do equipamento nos nossos sistemas nervosos com o ambiente e as condições de existência (onde se destacam o tempo, o lugar, os desafios e as circunstâncias) que enfrentamos.
Os vMEMES actuam a três níveis distintos: indivíduos (modelando as suas vidas e os seus valores, da sobrevivência mais básica no aldeão global até ao mais inacessível pensador); as organizações (determinando o seu sucesso ou o seu fracasso no mercado competitivo); e as sociedades (locais ou nacionais) que seguem modelos de existência dependentes de vMEMES com diferentes sentidos (democrático, conservador, etc).
O modelo da Dinâmica da Espiral foi já testado em mais de 50 mil pessoas de todo o mundo e mantem-se válido. Ele apresenta-se, graficamente, com este aspecto:


Wilber divide a espiral em dois grandes estádios: o primeiro contempla os níveis mais inferiores de desenvolvimento psicológico e onde se situa a maioria da população mundial (das nações, dos governos, das empresas); o segundo abrange os níveis mais evoluídos e contempla um número mais restricto mas psicologicamente e culturalmente poderoso.
São nove os níveis de evolução humana propostos por Ken Wilber com base no modelo inicial de Graves e conforme a predominância dos vários vMEMES:
Nível 1 (prevalece o instinto de sobrevivência, a prioridade é dada aos alimentos, ao calor, ao sexo e à segurança). Encontra-se ainda, segundo Wilber, em 0,1% da população adulta mas também se observa em todos os bebés recém-nascidos, nos sem-abrigo, nas massas de população faminta do Sudão e de outras regiões inóspitas.
Nível 2 (predomina o pensamento animista). Estão neste estádio cerca de 10% da população e pode ser encontrado nos gangs, nas “tribos” corporativas, nas populações devotadas a rituais mágicos, pactos de sangue, crenças e superstições étnicas de cariz mágico.
Nível 3 (mentalidade feudal). Encontram-se neste nível cerca de 20% da população adulta mundial e 5% do poder está nas suas mãos. Pertencem a este nível reinos feudais da Ásia muçulmana, líderes de gangs, juventude rebelde, crianças entre os 2 e os 3 anos de idade e mentalidades de fronteira (lutam sobretudo pela posse de territórios).
Nível 4 (mentalidade conservadora e corporativa). 40% da população adulta mundial vive neste nível de existência e detem 30% do poder. São exemplos a América puritana, a antiga China confucionista, o judaísmo hassídico, o fundamentalismo religioso cristão e islâmico, grupos como o Exército da Salvação, os escuteiros e ideias como o patriotismo, organizações corporativas, ordens (Malta, Maçonaria, etc).
Nível 5 (mentalidade racional-materialista). Encontra-se em 30% da população que detem 50% do poder actual. Indivíduos e sociedades altamente orientadas para os resultados: Wall Street, classes médias emergentes no mundo ocientalizado, colonialismo, indústria da moda, etc.
Nível 6 (ecológico e comunitário). Neste nível vivem cerca de 10% da população que detem 15% do poder. Sensíveis ao equilíbrio ecológico, contra as hierarquias estabelecidas, as pessoas que estão neste estádio são fortemente pluralistas, defendem o multiculturalismo e a igualdade. Encontram-se nos movimentos ecologistas, no idealismo holandês, nas organizações não-governamentais como os Médicos Sem Fronteiras, nos partidos “os verdes” da Europa, etc.
Nível 7 (integrador). Um por cento da população, com cinco por cento de poder situam-se neste nível. Defendem um mundo sem fronteiras, igualitário, transcendente, solidário. A flexibilidade, a espontaneidade e a funcionalidade têm prioridade máxima. Exemplos: a Teoria do Caos, a “nova física” de Fred Allan Wolf, ensinamentos de Deepak Chopra.
Nível 8 (holístico, visão global). Apenas 0,1% da população está neste estádio e detem 1% do poder. Crença principal: o mundo é um único organismo dinâmico, com a sua própria mente colectiva. Exemplos: o conceito de “aldeia global” de McLuhan, as ideias de Gandhi de harmonia pluralista, os ensinamentos do filósofo Ken Wilber, a “hipótese Gaia” de James Lavelock e a “noosfera” de Pierre Teilhard de Chardin.
O mais brilhante filósofo da actualidade - Ken Wilber - cujos ensinamentos são um exemplo do nível 8 defende um próximo estádio, o 9º:
Nível 9: (integral e holónico). Estará lentamente a emergir em alguns (poucos) núcleos. Wilber, em A Theory of Everything defende uma nova humanidade que altere radicalmente velhos paradigmas e conflitos despertando nos indivíduos o aproveitamento integral das potencialidades humanas. O núcleo central deste “movimento para cima” situa-se no Instituto Integral (Estados Unidos) e tem atraido personalidades e investigadores de distintas disciplinas tais como David Chalmers, Howard Gardner (teorizador das Inteligências Múltiplas), John Searle (conhecido estudioso do fenómeno da consciência), o físico Ervin Lasszlo, o biólogo Francisco Varela (entretanto falecido), Larry Dossey, etc.
Na chamada consciência de segunda camada (isto é, aquela que surge a partir do "estádio integrador", níveis 8 e 9) estão poucas pessoas "porque constitui, no presente momento, a linha da frente da evolução humana colectiva". São estes que estarão a mudar o mundo.
Os novos líderes, a quem os investigadores Don E Beck e Christopher C Cowan chamam de Feiticeiros da Espiral, devem seguir 5 princípios:
- reconhecer as forças mentais que existem "na cabeça" das pessoas que lideram;
- incorporar um estilo universal de liderança C-A-A (cortesia, abertura mental e autocracia positiva);
- exercer as opções de intervenção apropriada nas situações;
- seguir as seis "Regras do Polegar" (oportunamente desenvolverei esta ideia);
- activar o pensamento de segundo nível (estágio integrador e seguintes) para incidir na liderança.
Actualmente e porque os líderes do velho sistema (a sociedade conotada com a "2ª onda" de Alvin Tofler) ainda são a grande maioria, repartem-se por distintos estilos de liderança. São eles: o comunitário/tribal; o racional/económico; o moralista/prescritivo; e, o explorador/egocêntrico.

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